quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Poderosas Gordinhas: Pesquisa de avaliação do blog

Poderosas Gordinhas: Pesquisa de avaliação do blog: "No próximo mês o blog Poderosas Gordinhas completa 1 ano de vida e quer melhorar seu conteúdo a cada dia. Assim, desejo conhecer um pouco ma..."

Vitimas da Tomodaty´s Corporation


Enviei minha mudança pela Tomodaty´s Corporation ,em 29 de novembro de 2009, Hamamatsu- Japão.
Passado 1 ano ainda não recebi nada.
Veja noticia no ipcdigital
Foi aberto um blog para tentar reunir todos os prejudicados,desta forma quem sabe rceberemos nossas mudanças.
Vitimas da tomodaty´s Mudanças ( vitimasdatomodatys.blogspot.com).
Ainda tenho esperança de receber minha mudança.
Divulguem, quem sabe desta forma evitaremos que o numero aumente de vitimas.
Catia Takahashi

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Nunca desista de seus sonhos


"Os sonhos trazem saúde para emoção,equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso,animam os deprimidos,transformam os inseguros em seres humanos de raro valor.
Os onhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados srem construtores de oportunidades."
Os sonhos são como uma bússola,indicando os caminhos que seguiremos e as metas que queremos alcançar.
são eles que nos impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer.
Se os sonhos são pequenos,nossas possibilidade de sucesso também serão limitadas.
Desistir dos sonhos é abrir mão da Felicidade, porque quem não persegue seus objetivos está condenao a fracassar 100% das vezes.
Analisando a trajetória de grandes sonhadores, nos faz repensar nas nossas inspirações e não deixar nossos sonhos morrerem.
Mari Inoue, Parabéns!!!
Não deixe e sonhar, você ainda tem muito que sonhar e belos sonhos para sua carreira.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pedido de Casamento no Cemiterio Pouzada da Paz - PL


Casamento, em 2008 , a taxa de união atingiu o maior patamar desde 1995, que foi 6,8.
A chamada taxa de nupcialidade legal chegou a 6,7 pontos, o número mais alto tinha sido 6,6 pontos, em 1999.
Com todos estes numeros, imagina alguem que depois de uma separação parte para mais uma união.
No inicio de Dezembro de 2009 , um homem apaixonado , fez seu pedido de casamento juntamente com seus filhos e amigos a sua amada em pleno Cemiterio Pouzada da Paz- Aruja.
Dia 12 de Dezembro de 2009 , foi realizado oficialmente ,o casamento, deste lindo Amor .
O simbolo deste louco amor foi esta linda alianças, que o noivo comprou no Japan.
A sortuda sou eu,rsrsrsrsr, muito louco.
Esta emoção não vou esquecer nunca mais em minha vida.

Quem domina , Homem ou Mulher ????

Novas técnicas conceptivas e contraceptivas reforçaram o direito da mulher à escolha, e sexo separou-se de vez de reprodução. As mulheres ainda querem filhos, mas já não passa pela cabeça de ninguém ser apenas mãe.
Faz pouco tempo que as donas de casa deixaram de aparecer nos formulários de pesquisas oficiais como "sem ocupação". Só ficou evidente que lavar, cozinha e, sobretudo, cuidar das crianças eram questões de interesse coletivos depois que o batalhão que trabalhavadentro decasa cruzou a porta da rua .
Uma perguntas mais insistente hoje é:" Quem vai cuidar da crianças?"...Outra é :" Quanto isto vai custar?...Como fica as futuras crianças???

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quarenta e oito anos

Quarenta e oito anos!


Ontem fiquei mais velha, já estou sentindo o gostinho da idade, como é duro...
De como é difícil ver a vida com outros olhos, o significado da primeira ruga..., do peso a mais que o tempo nos dar, sem falar do cansaço e das dores, que vem com a idade.
Agora é o ciclo, da idade da Loba .
Mesmo me sentindo com o vigor de uma menina de 15 ou melhor 18 anos , não a mesma coisa.
A relidde é como uma flor que ao desabrochar é muito linda, mais depois ao envelhecer são poucos os que consegue ver a beleza que ainda tem.
Vejá esta foto, tem uma beleza rara, que poucos conseguem ver, é assim que me sinto...
Para não perder nada que a vida me deu , vou registrar tudo em meu pc, na pasta memórias do meu EU e viver intensamente esta nova mulher, sem medo de ser feliz , e sem nem uma modéstia ...

terça-feira, 19 de outubro de 2010


Fotografia esta no meu destino, desde criança meu pai era fotografo da revista famosa da epoca, em casa tinha um laboratorio, eu via meu pai naquele quarto escuro, não entendia muito, só que daquele lugar saia as minhas fotos, eu era a modelo dele, eu adorava ser fotografada, mamãe dizia que eu era muito fotogênica, realmente as fotos ficaram lindas .

Papai abriu mão da fotografia para ser militar, mais sempre que tinha tempo ele dedicava para arte, quando não estava fotografando estava pintando lindos quadros .

Eu sou a copia perfeita o meu pai, amo Arte Plástica e Fotografar ,é uma continuação da Arte, com se estivesse aplicando as cores , em cada pedacinho de uma foto

Hoje estou me dedicando a fotografia, aproveito as tecnicas que aprendi na Escola de Belas Arte .
Esta semana tirei esta foto, adoro tirar foto de rosas.
Fotografia é a arte de desenhar com a luz. Ser fotografo não é apenas ser Artista, é olhar o mundo com outros olhos.
A arte de um modo geral esta dentro de um so composição entre desenho, pintura, escultura, fotografia e o cinema, o que torna belissima o resultado desta composição, é isto que me apaixona

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Obra Divina!

A Todos os fenômenos e fatos que acontecem em nossa vida , nós da Religião Perfect Liberty( PL) , chamamos de Obra Divina. Tudo é uma decorrência da Obra Divina ( de Deus) , e , conforme o passar do tempo , estas Obras Divinas também se modificam. Como nós, seres humanos , vivemos dentro deste contexto de Obra Divinas, é importante que saibamos viver adaptando-nos a cada acontecimento, aceitando-os e assimilando-os com alegria.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lembranças

O que é mais lindo?,
A beleza da foto ou o carinho expressado na imagem...
O importante é o carinho que passa para quem ver.

Eu adoro fotografar ,pequenas atitudes, que ficar para sempre.
Lembrando que só levamos desta vida são as lembranças desta unica vida.

Hiromi com o cachorrino Ravy.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Viva na verdadeira liberdade!!!

Viva na verdadeira liberdade!!!
Para viver na verdadeira liberdade,é míster que não tenha espírito de obsessão.
Dessa forma,o homem pode expressar-se com a máxima capacidade e sua manifestação torna-se íntegra.Inversamente, o espírito obsessivo faz com que o homem se torne mais fraco.
Existem,no mundo,pessoas que exigem,quando deve ser exigido,ordenam,quando devem ordenar e dizem aquilo que deve ser dito,sem a mínima cerimônia ou impornência.
É desejável, pois, uma vida que se expresse com total liberdade, eliminando, quando age com espírito de deapego e de basear tudo em Deus, considerando tudo como obra divina.É esse o estado em que se pode viver na verdadeira liberdade.

sexta-feira, 23 de abril de 2010


Paixão pela fotografia -
“Fotografar” é a possibilidade que adquiro em registar, apenas com uma máquina na mão, tudo aquilo que me fascina, tudo aquilo que me prende. Sempre gostei de fotografar pelo prazer que encontrava em cada imagem que captava, sempre me liguei muito à minha vontade pessoal de registar o que se cruzava no meu caminho sem grandes regras ou limitações. Para mim, a fotografia artística é algo de que não me quero desligar e de que continuo a desfrutar a cada momento. Adoro poder perder-me por trilhos pouco explorados ou olhar para lugares pouco concorridos, para poder mostrar o que esquecemos em vidas tão agitadas. A variedade de temas reflecte a minha paixão por tudo o que me rodeia, não me permitindo olhar algo esquecendo o que se encontra ao lado! Em todos eles, há fotografias que me fascinam. Não existe uma favorita. Existem algumas que, mais pelo enquadramento sentimental, continuam a marcar-me bastante. De todos os temas, o que me apresenta mais desafios é aquele que é novo para mim. Aprender a fotografar motivos novos, utilizar formas diferentes de ver é sempre um grande desafio. Contudo, há temas que me fascinam pela variedade de formas que assumem. Não me preocupo muito em pensar as fotografias, gosto que elas reflictam um instante irrepetível. As histórias que elas contam resultam da vontade de transmitir algo mais do que apenas a imagem.
Foto de Catia Takahashi

Sensualidade e magia das velas


Sensualidade e magia das velas
por Andreia Berté

As velas estão presentes nos grandes momentos de celebração da nossa vida... das mais ingênuas e singelas festas da infância até as mais quentes noites de amor. E quando pensamos em momentos a dois elas parecem iluminarem-se ainda mais para marcarem inquestionavelmente sua presença e dividirem com as quatro paredes do ambiente as impressões, confissões e segredos dos amantes.

A presença de velas em um jantar parece guiar os amantes pelos caminhos da paixão romântica despertando cumplicidade, união, carinho, conforto, aconchego e intimidade. Já a presença de velas em um quarto transforma este espaço em um templo de amor, paixão, adoração e principalmente de explosão de sensualidade.

Você já ouviu a citação “Chamas da Paixão” em vários textos sensuais e hoje vou lhe dar algumas dicas de como usar esse fogo todo a seu favor com muita criatividade erótica.

Dica 1 – Identidade Sensual da Deusa

Usar velas na decoração do quarto sempre que a intenção for seduzir seu amado é uma boa forma de criar uma identidade sensual, ou seja, cada vez que uma vela for acesa seu amado sentirá seu fogo interior se acender, pois sabe os intenções que aquelas velas escondem. Além disso, as velas criam uma iluminação mais indireta o que, além de deixar o ambiente mais romântico, tem o poder de torná-la uma deusa: os contornos do corpo ficam mais bonitos, o tom da pele mais durado e cabelos e olhos ficam mais brilhantes.

Dica 2 – Cheiro de Paixão

Velas aromáticas estimulam não somente a visão, mas também o olfato. Escolha aromas sensuais como os de rosas ou os exóticos orientais como o ylang-ylang. Se não encontrar velas aromatizadas, pingue gotinhas de óleo aromático (aqueles que são usados em difusores) em volta do pavio antes de acender a vela... o perfume se espalhará pelo ambiente.

Dica 3 – Desejos Secretos

Espalhe velas luminárias pelo quarto, cada uma contendo um bilhetinho com um desejo secreto seu a ser realizado naquela noite. Então diga a seu amado que ele deverá escolher qual vela acenderá primeiro e que a regra é: acendeu o desejo tem que realizar! Aproveite para incluir tudo aquilo que há tanto tempo você quer que ele faça pra você: uma massagem sensual, beijos em todo o corpo, striptease... deixe fluir sua paixão. Como bônus, pode haver uma vela coringa... quando essa vela for acesa, ele poderá escolher um desejo para você realizar.

Dica 4 – Striptease das Velas

Aqui vai uma dica de um strip diferente e criativo. Deite seu amado na cama completamente nu e coloque uma música bem inspiradora... daquelas sensuais que fazem você sentir vontade de dançar como uma diva da música pop. Então completamente nua acenda apenas uma vela e comece a dançar sensualmente para seu amado iluminando partes do seu corpo. Acenda mais uma vela ganhando com isso um pouco mais de iluminação, o que revelará suavemente mais alguns contornos do seu corpo. Conforme vai dançando acenda uma a uma novas velas revelando cada vez mais a imagem completa de uma linda nudez sensual. Essa imagem que se revela aos poucos com a sinuosidade sexy da dança deixará seu amado louco de paixão.

Dica 5 – Hot Candle

Compre em lojas de sex shop uma vela que é a sensação do momento: suas gotas ao pingarem na pele além de não queimarem, transformam-se em óleo aromático e comestível para massagem sensual. Deixe essa vela próxima à cama, camuflada em meio às velas decorativas. Quando quiser criar um clima de tortura erótica, algeme o seu amado, pegue a vela comestível e comece a passá-la próximo ao corpo dele... não saber onde cairá a primeira gota deixará seu homem em pânico o que cria uma deliciosa sensação de tensão erótica. Assuma uma postura sedutoramente firme de dominadora e comece a passar a vela em volta do pênis dele... quando ele estiver implorando misericórdia e desejando nunca ter esquecido seu aniversário ou ter errado no presente que deu a você, então pingue gotas por todo o pênis. Assim que ele respirar aliviado ao perceber que seu amigo fiel não foi incinerado mostre a ele as vantagens de ter uma vela que facilita a massagem íntima e que ainda pode ser lambida....

Foto de Catia Takahashi

terça-feira, 20 de abril de 2010


Amor e Sexo
Amor é sentimento meigo e terno
Sexo é loucura é alucinação
Amor é espera e contentação

Sexo é a eterna arte de amar
Não pode ser apenas um
Tem que estar de par

Amor é nobreza, é gesto, é tolerância...
É bondade, tudo suporta até a vontade...

Sexo é desejo...
É vontade, é mergulhar no submundo...
No Subescuro da paixão
É sempre dizer sim
Jamais dizer não

Amor é carinho, é cuidado, cuidadoso...
É namorar escondido, sem maldade no coração...
É um querer, mas que bem querer,
É contemplar um por-de- sol, uma noite enluarada
É ficar feliz, simplesmente com a presença da pessoa amada

Sexo apaixonado é gostoso...
É pura adrenalina nas veias de nossa imaginação...
Tudo é permitido, tudo é extraído divinamente maravilhoso...

Amor, tem que ter entrega solitária...
Sem saber se terá um sim ou um não
Mesmo acreditando que o não já nos pertence...

Sexo com vontade é loucura, é inconsequência...
É tesão...
São fantasias vivenciadas por nossa “displicência”
E afloradas na pele, pelo desejo de nossa imaginação...

Amor é amar incondicionalmente,
É aceitar o inconsequente
É acreditar que sempre pode ter um pouco mais para os dois
É pensar que conhece, a diferença entre amor e paixão..

Sexo é desejo contido, é vontade insana...
De saciar uma loucura carnal

Amor é sentimento cristalino
Que nunca queremos que chegue ao final

quinta-feira, 25 de março de 2010

Recebi um email bem verdadeiro!!!


JANTAR COM A MULHER

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam
O que se passa nos bastidores. Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar.

Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'.
Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.
Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia.
Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' Lei de Murphy. Sempre dá merda.
Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bi zarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece. Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc. Eu não faço, mas conheço quem faça.

Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Dia seguinte.
É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspi r o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).

Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber.

Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.

Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca s eparar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica uma merda. Se for um desses dias em que seu corpo está uma merda e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA' . O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.

Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foooda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento.. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melho r prevenir.

Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável.. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Exemplo: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar! Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez, um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro. Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista do caralho. Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito coco para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...' Começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito.

Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? 'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'.

Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida!
Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada.
Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, GRAVE! DO TIPO...MORRER A MÃE OU O PAI TER UM AVC NO TRÂNSITO.

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra'). Ele nem sequer olha para a sua roupa.. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, porque acho que homem que repara muito é meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos dos pés, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri eu penso 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa....... ......... .......... ......... ......... ......... ......... R$ 200,00

Lingerie.... . ......... ......... ......... ......... ......... .........R$ 80,00

Maquiagem... ......... ......... ......... ......... .......... ....R$ 50,00

Sapato...... ......... ......... ......... .......... ....... .. ........R$ 150,00

Depilação..... .......... ......... .......... ......... ..... .... .....R$ 50,00

Mão e pé........... . ......... ......... ......... ......... ...... ...R$ 15,00

Perfume..... ......... ......... ......... .......... ....... .. ........R$ 80,00

Pílula anticoncepcional. ......... ......... ....... ............ .R$ 20,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 500,00 para sair com um Zé Ruela. Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL? A gente gasta muito mais para sair com eles do que ele com a gente.

Isso foi desabafo da mulherada que acredita que o homem tem que pagar a conta, devido ao alto custos da produção rs!!

segunda-feira, 15 de março de 2010



O vermelho

Universalmente considerado símbolo fundamental do princípio da vida, com sua força, seu poder e seu brilho, o vermelho, cor do fogo e do sangue, pertence à eternidade dos afetos e sensualidade feminina.

O vermelho-claro é diurno, macho, tônico, incitando a ação assim como o sol, com sua força e brilho sobre todas as coisas.



O vermelho escuro, ao contrário, é noturno, fêmea, secreto e em última análise centrípeto; representa não a expressão mas os mistérios da vida. Ele seduz, encoraja, provoca, é o vermelho das bandeiras, dos cartazes das embalagens publicitárias; o outro alerta, detém, incita à vigilância e no limite, inquieta; é o vermelho dos sinais de trânsito, luz vermelha de proibição no cinema, sala de cirurgia, etc. É também a antiga lâmpada vermelha das casas de tolerância (prostíbulos), o que poderia parecer contraditório, pois, ao invés de proibir, elas convidam; mas não o é, quando se considera que esse convite diz respeito à transgressão da mais profunda proibição da época em questão a proibição lançada sobre pulsões sexuais, a libido, os instintos passionais.

Este vermelho noturno é a cor do fogo central do homem e da terra, o ventre e o atanor (forno) do alquimista onde pela obra em vermelho se opera a digestão, o amadurecimento, a geração ou regeneração do homem ou da obra. Os alquimistas ocidentais, chineses e islâmicos utilizam o sentido do vermelho de um modo idêntico ao enxofre vermelho dos árabes, que designa o homem universal. O mesmo se dá ao arroz vermelho dos chineses, que é também o fogo ou sangue do atanor ao qual se transforma para simbolizar a imortalidade.

O vermelho sagrado e secreto é o mistério vital escondido no fundo das trevas e dos oceanos primordiais. É a cor da alma e do coração, a cor da ciência e conhecimento esotérico. Nas lâminas do Tarô, o Eremita, o Papisa, a Imperatriz usam uma toga (túnica) vermelha sobre um manto azul: os três, em graus diferentes representam a ciência secreta.



Este vermelho noturno é somente visto no curso da morte iniciatória onde adquire valor sacramental. Os oceanos Purpúreos dos gregos e o Mar Vermelho estão ligados ao mesmo simbolismo: representam o ventre, onde morte e vida se transmutam uma a outra. Iniciático, o vermelho sombrio tem significado fúnebre: a cor púrpura, segundo Artemidorus, tem relação com a morte.

Este vermelho quando concentrado significa vida e quando espalhado implica em morte. O sangue que deitam fora é impuro, ao passar da noite uterina ao dia, ele inverte sua polaridade e passa do direito ao esquerdo. As mulheres menstruadas são intocáveis em numerosas sociedades. Em muitas delas, elas são obrigadas a realizar um retiro purificador antes de se reintegrar à sociedade ao qual foram temporariamente excluídas.

O vermelho vivo, diurno, solar, centrífugo, incita à ação; ele é a imagem de ardor e beleza, de força impulsiva e generosa, de juventude, saúde e riqueza... riqueza de vida e amor. É o símbolo da vitalidade: A pintura vermelha diluída em óleo vegetal tem poder vitalizador; as mulheres na África usam seu corpo e rostos pintados da cor vermelha nas vésperas de seus casamentos ou depois do nascimento de seu primeiro filho.

Ela tem o poder de despertar forças e alimentar desejos. Torna o ambiente mais quente e confortável.

É a cor guerreira, que é muito encontrada na guerra pela devastação das armas de fogo e pelo sangue, é também da cruz vermelha salvadora e do alerta, é incitadora de atenção, sempre inquieta e de destaque. Cor do inferno e seu fogo intenso, assim como a cor do demônio e suas tentações.


O vermelho e o branco são as duas cores consagradas a Jeová como Deus. Não há povo que não tenha expressado, a sua maneira, todo o poder e fascinação desta cor que leva em si, intimamente ligados, os dois mais profundos impulsos humanos: ação e paixão, libertação e opressão; isso as bandeiras que tremulam ao vento do tempo o provam.

Vinde e discutamos, diz Jeová,
Quando os vossos pecadores forem como o escarlate
Como neve eles embranquecerão,
Quando eles forem vermelhos como a púrpura,
Como lã tornar-se-ão.

É a cor empregada para identificar e distinguir equipamentos de proteção e combate a incêndio ou sua localização, inclusive portas de saída de emergência. Nestes casos ela nunca deve ser usada para assinalar perigo e sim advertir.

Ela também é utilizada em sinais de parada obrigatória e de proibição, bem como nas luzes de sinalização de tapumes, barricadas, etc., e em botões interruptores para paradas de emergência.

O vermelho é a cor do coração, do amor e calor sentimental. Os lábios vermelhos trazem a sensualidade e as rosas, como presente, representam o amor em seu ambiente calórico.

A pimenta mostra ser mais picante quando sua tonalidade se mostra viva e forte.

Ela simboliza maior vínculo afetivo, grande profundidade nas relações e efervescência.


O vermelho, por ser uma cor estimulante, é a cor que chega mais rápido aos olhos. As crianças tendem a ser atraídas por essa cor e estimuladas pela mesma.

No Japão as mulheres usam, em sua maioria, vestes vermelhas que representam fidelidade, sinceridade e felicidade. Os recrutas usam cintos vermelhos em sua partida para simbolizar a fidelidade a pátria. De acordo com escolas xintoístas, ela é uma cor de harmonia e expansão. Quando se comemoram um aniversário ou sucesso em um exame, colore-se o arroz de vermelho.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"A arte de saber maquiar"


Todas as vezes que faço a minha maquiagem, me sinto como estivesse pintando um quadro.
A cada aplicação de poduto com sonbras, base etc..., me encanta profundamento, parece que estou criando uma nova pessoa.
Nem uma mulher deveria sair de casa sem um simples baton.
As cores encantam e fazer brilhar o seu Eu.
Nós mulheres temos que brilhar sempre, encantar a toda hora, principalmente o Homem amado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Segundo Casamento


Tão especial como se fosse a primeira vez
De optimismo( sentimento de Alegria) renovado, um segundo casamento pode e deve ser especial. Deixamos-lhe aqui algumas ideias para transformar este dia numa celebração inesquecível e carregadinha de simbolismo.
Porque todos merecemos uma segunda oportunidade e porque agora é que é a sério, estamos mais experientes, mais maduros, não vamos repetir os mesmos erros, etc; a celebração de um segundo casamento pode e deve ser especial, como se fosse o único!
O antigo estigma já lá vai, não há razão para não festejar este primeiro dia do resto das vossas vidas. Independentemente do que ficou para trás, este é o início de uma nova e determinante fase, que merece ser assinalado com champanhe e alegria.
O Meu casamento foi muito especial, foi realizado na Instituição Religiosa Perfect Liberty,em uma cerimonia religiosa muito linda e bem diferente.
Principalemte por ter as trocas de taça.
Realmente foi um grande DIA!!!!!

Vestido de Noiva Vermelho


Na época bizantina, o vestido de noiva passou a ser voltado à elegância. As noivas casavam-se com seda vermelha bordada em ouro e as tranças no cabelo também eram feitas com ouro, simbolizando o poder. Na Idade Média, o cristianismo no Ocidente trouxe os costumes matrimoniais. O vestido de noiva surgiu nesse período com a função de apresentar à comunidade as posses da família da moça.
Porque eu me casei com vestido vermelho, sou apaixonado por esta cor, então resolvi pesquisar se tinha algum problema casar de vermelho, ate porque era meu segundo casamento.
Depois de muitas pesquisas descobri que o mais importante era me fazer Feliz naquele dia.
Fiquei muito linda com o meu vestido vermelho, todos os convidados também acharam bem diferente , mais gostaram.
A decoração esta igual ao meu vestido, nas cores vermelho e branco. Amei!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"Pura Arte"

Nasce uma profissão: o fotógrafo

Quando a França ainda vivia um período de instabilidade política, em meados do século XIX, conseqüência da Revolução
Francesa e do Império Napoleônico, surgiu uma nova profissão, reconhecida mais tarde, também como arte: a fotografia.


Na verdade, registros revelam que na época de Aristóteles já se conhecia o fenômeno de produção de imagens pela
passagem da luz através de um pequeno orifício e boa parte dos princípios básicos da óptica e da química que envolveriam
mais tarde o surgimento da fotografia.


No século X, o erudito árabe Alhazen mostrou como observar um eclipse solar no interior de uma câmara obscura: um quarto
às escuras, com um pequeno orifício aberto para o exterior.


Durante a Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteu-se uma melhor qualidade da imagem. A câmara
obscura começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em um objeto que pudesse ser levado para qualquer lugar.


Já com um tamanho portátil, no século XVII, a câmara obscura era utilizada por muitos pintores na execução de suas obras.


Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, observou o escurecimento de um certo composto de prata por exposição ao sol,
mas não conseguia fixar a imagem que acabava desaparecendo.


Foram muitos os estudiosos que ao passar dos anos acrescentaram novas descobertas: em 1725 com Johan Heinrich
Schulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na Alemanha e no início do século XIX com Thomas Wedgwook,
que, assim como Schulze obteve silhuetas fixas em negativo, mas a luz continuava a escurecer as imagens.


Fotografia de fato, surgiu no verão de 1826, pelo inventor e litógrafo francês Joseph Nicéphore Niépce. Em fevereiro de 1827,
Niépce recebeu uma carta de Louis Daguerre, de Paris, que manifestou seu interesse em gravar imagens. Em 1829,
tornaram-se sócios, mas Niépce morre em 1833. Seis anos depois, em 7 de janeiro de 1839, Daguerre revela à Academia
Francesa de Ciências um processo que originava as fotografias ou os daguerreótipos.


A fotografia atraiu a atenção de tantas pessoas que, movidos pelo entusiasmo, tornaram-se adeptos daquela técnica. Assim,
tanto em Londres como em Paris, houve um boom na compra de lentes e reagentes químicos.


Os fotógrafos e suas câmeras fotográficas (caixas de formas estranhas) começavam a registrar suas imagens.


Fotografar tornou-se uma atividade em franca expansão. Rapidamente tomou conta do mundo. Em 1853, cerca de 10 mil
americanos produziram três milhões de fotos, e três anos mais tarde a Universidade de Londres já incluía em seu currículo
a fotografia.


Em junho de 1888, com George Eastman, surge a Kodak. A fotografia tornou-se mais popular com este tipo de câmera que
era bem mais leve, de baixo custo e simples de operar.


A fotografia deu ao homem um visão real do mundo, tornando-se assim, um instrumento de como captar imagens dos
registros da História.

Sebastião Salgado

Sebastião Salgado tem o mundo impresso na memória. E pode comprovar isso. Aos 65 anos de idade, 36 deles dedicados à fotografia, cruzou o planeta em todas as direções, inclusive emburacando-se pelos lugares mais recônditos, para compor este que já é certamente um dos maiores acervos autorais de imagens de que se tem notícia. Mas Sebastião Salgado, pasmem, garante na entrevista a seguir que está ficando velho. E que um dia pode parar de fotografar. A previsão surpreende na voz que ainda se exalta, e se transporta, ao explicar as andanças pelo mundo em busca de rostos, gestos, corpos, lugares. "Para fazer fotografia documental é preciso ter sempre a ‘vontade de ir’. E eu tenho."

Em 2004, este mineiro de Aimorés, famoso no mundo inteiro pelo que vê e dispara de sua Leica (depois pôs-se a fazer o mesmo da Pentax e agora da Canon) anunciou que passaria oito anos fotografando lugares prístinos, ou seja, paraísos terrestres habitados por agrupamentos humanos cujos laços com a natureza são ainda primordiais. E que o projeto receberia o batismo bíblico de Gênesis. Pois a empreitada vai chegando ao fim. Prestes a embarcar em um navio para a Geórgia do Sul, contornando as Malvinas, Sebastião Salgado - Tião para os próximos - está quase no fim da série de 32 reportagens fotográficas por cinco continentes, numa geografia estranha aos roteiros turísticos convencionais. Longe disso: o economista que se bandeou para a fotografia aos 29 anos, hoje admite escalar a antropologia visual.

Não o faz sozinho. Tem a seu lado a arquiteta Lélia Wanick Salgado, a Lelinha, para Tião, mulher, mãe de seus dois filhos e "minha sócia na vida". Isso diz tudo. Foi com a Leica de Lélia que começou a fotografar nos anos 70 (ambos estudavam e moravam em Paris). Foi com o apoio de Lélia que trocou de profissão (era economista da Organização Internacional do Café e decidiu procurar emprego em agências fotográficas como Gamma, Sigma e Magnum) e foi com Lélia que montou, nos anos 90, a Amazonas Images, especializada em Sebastião Salgado. É Lélia quem edita os livros de fotografia dessa grife consagrada - entre eles, Trabalhadores, Terra, Êxodos e tantos outros - assim como é Lélia quem arquiteta e controla a montagem de exposições do marido pelo mundo (dentro de alguns dias vai inaugurar uma em Tóquio). Por muito menos, Lelinha já seria "a mulher de verdade", como diz o samba famoso, só que tem mais: ela preside o Instituto Terra, um vasto e bem-sucedido projeto ambiental, concebido com o marido na região do Vale do Rio Doce.

Da experiência direta com o ambientalismo veio a vontade de fotografar o planeta em lugares onde poucos pisaram, como explicará Sebastião. Gênesis estará concluído no ano que vem e, a partir daí, começam exposições de imagens do projeto que, a depender da vontade do casal Salgado, serão eventos ao ar livre, em grandes parques, por várias capitais do mundo. As fotografias também serão tema de um filme de Wim Wenders, com trilha do jovem compositor americano Jonathan Elias. Nestas páginas, quatro imagens dão apenas uma amostra do que vem por aí. Como o grupo de índios Zo’e, do Pará, povo que hoje não chega a 280 pessoas - vistos na mata, com seus cocares brancos, em fotografia jamais divulgada. Cenas de uma beleza desconcertante para ‘ocidentais’ tão domesticados.

Foto: Sebastião Salgado/Amazonas Images

Você tem dito que o Gênesis é seu último grande projeto fotográfico. Por que estabelecer o limite?
Digo que é o último projeto desse porte. Falo de projeto que leva anos para se concretizar, com viagens às vezes muito duras, desafios como o de andar 850 quilômetros até chegar a um determinado ponto. É preciso estar muito motivado e ter enorme disposição para encarar tudo isso. Não que eu vá parar de fotografar, mas encarar projetos nessa escala já pesa na minha idade. Tento me manter em forma, faço ginástica todos os dias, cruzo Paris de bicicleta, só que chega aquela hora em que o joelho começa a não querer obedecer. Como também vai chegar a hora em que vou preferir editar o meu material, talvez esse seja o trabalho mais importante que eu tenha pela frente. Sempre trabalhei muito, produzi um volume incrível de imagens. Tenho mais de 500 mil cópias de leitura, fora a imensidão de negativos que ainda não mexi. E uma imensidão de fotos paralelas.

Como assim?
Por exemplo, Lélia e eu começamos a editar nossas fotografias de família, material feito ao longo das nossas vidas, com nossos meninos crescendo. Então, penso um dia trabalhar no meu acervo, considerando que a idade vem chegando, que eu posso vir a me repetir e que os novos fotógrafos estão aí, vamos deixar lugar para eles. Tenho pensado nisso tudo. Inclusive na pertinência dos meus trabalhos. Falo de pertinência histórica, ideológica, pessoal. Hoje só faço aquilo com o qual tenho profunda identificação.

De que suporte financeiro você dispõe ao fazer um projeto das dimensões do Gênesis?
Temos o suporte de várias publicações: Rolling Stone, Paris Match, Guardian, La Republica, entre outras. Temos o apoio financeiro de duas fundações americanas, como também da Vale, nossa parceira de longa data. Agora mesmo vou passar dois meses na Geórgia do Sul e vem sendo montado um barco para essa reportagem, partindo das Malvinas. São viagens caras desde a fase da preparação. Quando comecei a propor projetos de três, cinco anos, os parceiros não entendiam bem. Hoje creio que ganhamos credibilidade. Quando falo para esses veículos que passarei oito anos fotografando e que, de tempos em tempos, eles terão minhas reportagens, ninguém duvida de que isso aconteça.

Depois de ter fotografado intensamente nestes últimos 36 anos, de propaganda de carro à vida dos garimpeiros, como é que você definiu o escopo do Gênesis? Por que buscar os lugares intocados do planeta?
A ideia do Gênesis nasce da experiência no Instituto Terra, uma reserva ambiental que começou a surgir no momento em recomprei as terras que foram da minha família, na região do Vale do Rio Doce. Ali passamos a lidar com o tema da biodiversidade, já optando pelo reflorestamento de uma área que estava bem degradada. As primeiras 500 mil mudas foram doadas pela Vale, com quem também nos associamos para fazer um programa de educação ambiental de longo alcance, o Terrinha. Lá na região, replantamos 1,5 milhão de árvores. Então, foi lidando com esse tipo de coisa que bateu a vontade de fotografar o planeta. Desenvolvemos um conceito, elaboramos o projeto fotográfico e fomos embora. Lélia e eu fizemos um sem-número de leituras, procuramos organizações ambientalistas pelo mundo. Por exemplo, grande parte da pesquisa foi feita nos arquivos da Conservation International, em Washington. Trabalhamos ainda com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, em Nairóbi, e com a Unesco. Quando iniciei o projeto por Galápagos, em 2004, estava tudo planejado para os anos seguintes.

E por que Galápagos? Tem a ver com Darwin?
Exatamente. Eu tinha vontade de entendê-lo. Já havia lido a teoria da evolução das espécies, sobre a viagem do Beagle, mas lá em Galápagos, hoje um patrimônio da humanidade, fica muito mais fácil compreender Darwin. Porque é possível conferir, visualmente, como uma determinada espécie se desenvolve de maneira diferente de uma ilha para outra. Em Galápagos você tem um microcosmos que retrata o universo. Acabei ficando por lá mais tempo do que o próprio Darwin. Ele passou 47 dias lá, eu passei 90. Tive autorização da Fundação Charles Darwin e do Parque Nacional de Galápagos para visitar todas as ilhas do arquipélago.

O que você privilegia no Gênesis: o homem, o bicho ou a natureza?
Ainda é o homem. Se você imaginar que 30 a 40% do projeto são fotos de pessoas e que a natureza tem muito, muito mais espécies, então o humano prevalece. Fotografei agrupamentos que vivem, em relação ao planeta, naquele mesmo equilíbrio dos tempos primordiais. Este foi o meu critério, por isso desisti de fotografar comunidades esquimós no Alasca ao ver que vários grupos já caçam com rifle e há chefe esquimó que tem até avião particular.

Afinal, encontrou esse humano 100% "in natura"?
Há vários grupos assim. Os mentawai, que vivem na ilha de Sumatra, na Indonésia, ainda mantêm uma relação tão forte com a natureza a ponto de fazê-la "deus". É preciso pedir permissões à natureza o tempo todo. Quando fotografo essas pessoas, às vezes preciso isolá-las do contexto para fazer um bom retrato. Posso improvisar um estúdio na mata com folhas, ou tecidos, fundos relativamente neutros. Pois para fazer um estúdio precisei tirar algumas palhas das casas mentawai. Tivemos que pedir autorização "divina" e a resposta só veio depois que a comunidade leu o futuro nas tripas dos animais, como é a tradição. Daí uma cobra entrou na nossa casa e meu assistente teve que matá-la. Pronto, os mentawai não gostaram, porque seria um aviso de que as coisas não estavam indo bem. Eles atravessam hoje um estágio evolutivo interessantíssimo: estão agora domesticando plantas e animais. Trabalhei também com os chamados bushmen, de Botswana e da Namíbia, que vivem como há 50 mil anos. São coletores-caçadores.

Sempre viaja com intérpretes?
Sim. No caso dos Zo’e, no Pará, fui com uma estudiosa da língua deles.

Existe um estranhamento quando você trava o primeiro contato com um humano que vive num estágio evolutivo tão remoto e diverso do seu?
Não. Primeiro porque, mesmo que demore um certo tempo, acabo sendo aceito ali. Como com o grupo, durmo onde o grupo dorme, me desloco com ele, enfim, passo a fazer parte desse núcleo. As reações, a maior parte delas, são previsíveis, porque são humanas, ainda que não se entenda uma conversa feita na base de estalos de língua. Eu nunca vi relações tão amorosas com os filhos quanto em grupos coletores-caçadores. Nos Zo’e, por exemplo, não existe o conceito do "não" para pôr limites nas crianças. Um dia eu estava fotografando e o indiozinho não parava quieto, não me deixava em paz, pulava pra cá, pra lá, derrubava coisas... daí eu pedi à intérprete que falasse com a mãe dele. A intérprete hesitou, mas falou. E a mãe ficou desesperada, porque não sabia me atender naquilo que eu pedia. Entre estes índios, padrões de comportamento mais maduros e responsáveis se desenvolvem naturalmente, à medida que pessoas crescem e envelhecem.

Você mostra as fotos que faz dessas pessoas para elas próprias?
Para os Zo’e cheguei a mostrar no visor da máquina digital. Para outros grupos, não, e nem terei como mandar as fotos, pois são nômades. Os índios adoraram, pois, como em todos os grupos visitados, sem exceção, demonstram grande preocupação com a estética. As mulheres, todas, andam com um espelho. E a todo momento arrumam o cocar de penas de urubu branco.

Mas são índias com espelho?
A Funai deu para eles quatro instrumentos de branco: o espelho, do qual as mulheres não desgrudam, lanterna, facão e faquinha. O caso da lanterna é interessante: porque ela já vem com pilhas e a Funai só dá outras mediante a entrega das velhas. A lanterna foi de grande ajuda, pois havia muita picada de cobra em caçada noturna.

Você se refere ao seu trabalho como reportagem e fala das fotos como documentos. Qual é o limite entre a foto documental e a foto artística?
O que é artístico? Eis o problema. Recentemente vi uma exposição de arte africana em Barcelona, num belo museu. A maioria das obras era de uso cotidiano, cestas, jarros, ferramentas agrícolas, peças que são vendidas por milhares de euros. Vá conferir no Museu d’Orsay, em Paris, os salões dedicados à arte da África e da Oceania: 90% do que é exposto são utensílios de uso diário ou religioso. Hoje aumenta o número dos meus colecionadores, minhas fotos vêm ganhando preço no mercado de arte, mas não perco de vista o que faço. Como aquela foto da invasão do MST na Fazenda Giacometti, no Paraná, numa situação-limite, às 5 da madrugada, e eu ali, com um filme de 3200 ASA, quase sem luz para operar. Fiz um documento. Um dia o MST não terá mais força, ou desaparecerá, eu mesmo vou desaparecer, mas a fotografia permanecerá. Será referência da nossa sociedade, ganhando dimensão artística. Dizer que faço foto de arte, ah, isso não rola comigo. Porque sou repórter, tenho carteira de jornalista, nossa agência, a Amazonas Images, é de imprensa.

Como você mesmo diz, cresce o número dos seus colecionadores. Sebastião Salgado virou um clássico?
Estou me tornando. No Gênesis, pela primeira vez na vida admiti fazer fotografias com número limitado de reproduções. Porque sempre fotografei pessoas em suas situações de vida, jamais tive qualquer problema com direitos de uso de imagem e sempre distribuí minhas fotos em séries ilimitadas, o que reduz muito o preço delas. Agora quero lidar com número limitado de cópias, reproduções feitas em papel platinum, caras, porém maravilhosas. Creio que esse trabalho merece. Já fizemos algumas cópias e, no futuro, pretendemos lançar as séries limitadas. Aí, sim, será a estreia no mercado de arte.

Especialmente nas fotos de paisagem do Gênesis você parece mais formal, preocupado em mostrar texturas, realçar formas, captar nuances tonais.
Fui acusado de estetizar a miséria. E sabe por quê? Porque minhas fotografias sempre foram bem compostas. Sabe de onde vêm as texturas? Do filme de imprensa que sempre usei, o TRI-X, que dá grão. Quase só fotografo na contraluz e demorei a perceber isso. Um dia a Lélia montou uma exposição minha em Havana e um professor de uma escola de artes em Cuba veio visitá-la com os alunos. Eu o ouvi dizer a eles ‘este fotógrafo aqui só trabalha contra a luz’. Daí me toquei! Fazia aquilo instintivamente, sem me dar conta de que é na contraluz que se destacam os relevos, pois a zona de luz e sombra permite criar a noção de volume. Quando você me fala das paisagens que tenho feito, não significa que esteja procurando um estetismo na natureza. É que a natureza é profundamente estética.

Dê exemplos.
Fotografei os dois vulcões mais altos da placa euro-asiática, na península da Kamchatka, na Rússia, com mais de 4 mil metros de altura. Acordo de manhã, com aquelas nuvens fantásticas no céu, aquilo me deu a impressão de estar no fundo do mar enxergando o topo de uma montanha. Vi chuva de luz em Kamchatka, tal a beleza dos raios solares atravessando aquelas nuvens. Ora, não preciso ser esteta diante desse espetáculo. Procuro registrar os prístinos, locais no mundo onde poucos pisaram, então é natural que essas imagens nos provoquem sensações fortes. Como a foto que fiz de um iceberg na Antártica, que mais parecia um castelo medieval na Escócia, no entanto, trata-se de uma escultura mutante da natureza.

Mas você concorda que algumas dessas imagens beiram o abstrato?
Pode ser. A rigor, sou um esteta desde o início, porque não se esqueça de que a fotografia é uma linguagem formal: você tem um plano, tem um fundo, tem um sistema de linhas, é preciso organizar esse negócio. O bom fotógrafo é aquele que domina as suas variáveis.

Como é que você ‘ataca’ a cena? Porque as variáveis também são externas: por exemplo, nuvens dançam no céu. As patas dos animais movem-se pelas matas.
São tempos internos distintos. Dou como exemplo a foto que fiz da mão da iguana. Eu vi aquela pata, que é uma mão na verdade, com cinco dedos e tudo. E quis fotografá-la, mas teria de ser com uma lente macro, bem de perto, para captar o detalhe. A iguana como que autorizou a foto, porque, normalmente, é bicho que não aceita aproximação a menos de 2 metros. Tive que ir me chegando, de joelhos, com delicadeza: ela me observava, eu a observava; eu avançava um pouco mais, ela sabia que alguma coisa estranha iria acontecer, mas aceitava; daí finalmente fiquei bem perto daquela mão e fiz a foto. Aí fui recuando, rastejando para trás, bem devagar. E ela me observava. Quando uma foto como esta é finalmente feita, o cansaço que bate é total. Porque, ali, o fotógrafo sabe que tem a possibilidade de fazer uma fotografia incrível, mas, numa fração de segundos, poderá perdê-la. Ou não. São extenuantes essas situações.

É o "momento decisivo" de Cartier-Bresson?
Sim e não. Esse conceito é parcialmente válido para mim, porque trabalho noutra realidade. O conceito de "momento decisivo" em Cartier-Bresson é de corte representativo: só existe aquele momento, o antes não é bom, e o depois, também não. Para mim isso não é verdade. Penso num fenômeno fotográfico feito de aproximações e ajustes, um fenômeno em evolução, com envolvimento das pessoas, dos lugares, com muitas conexões, enfim.

Quando você olha suas fotos de publicidade reconhece nelas o mesmo Sebastião Salgado do Gênesis?
Claro. Nunca fiz foto de publicidade que eu não me sentisse realmente motivado a fazê-la. Isso vale também para meus tempos nas agências Gamma, Sigma, Magnum. Quando inauguraram o aeroporto de Malpensa, em Milão, fui contratado para fazer fotos de promoção do lugar, mal aceito pela população do norte da Itália. Seriam fotos para estampar pôsteres distribuídos pelo país. Adorei a encomenda, não só porque me pagaram uma fortuna, mas porque eu tive a oportunidade de conhecer o que cerca e envolve um aeroporto. E saí fotografando. Descobri uma "cidade" que emprega 15 mil pessoas. Tem de tudo lá: do pessoal da limpeza bruta ao pessoal dos ajustes mais finos. Vi as famílias desembarcando, o encontro dos parentes, fabulosas histórias de vida. Descobri um grupo de aposentados, fanáticos por avião, que passa os dias controlando o tráfego aéreo das cercas de arame que circundam Malpensa. Propus aos meus clientes que fizessem um livro com aquele material. E toparam. Foi uma experiência genial.

Como você se sente quando dizem que só faz fotografia engajada?
Isso é um comentário limitador. Não sou um fotógrafo militante, embora me engaje profundamente naquilo que eu faço, quase como forma de vida. O que é muito diferente. Tenho minha ideologia, que pode ou não ser aceita, e fotografo tudo, da natureza ao carro da montadora, com a mesma doação pessoal.

Como é fotografar gente célebre?
Fiz e ainda faço isso. São momentos especiais. Porque peço sempre um tempo maior para fazer portraits, não aceito correrias. Como no caso do retrato do Bill Clinton para a Vogue americana. Pedi uma semana com ele, se não fosse assim, nada feito. Muitas vezes fiquei amigo dos fotografados. Como no caso do Italo Calvino. O New York Times pediu um retrato dele, viajei até Roma, me instalei num hotel e fui para a casa do escritor. Apertei a campainha, Italo veio até a porta e perguntou se eu era o fotógrafo do Times. Daí indagou quanto tempo eu precisaria para o serviço, já dizendo que uma hora estaria de bom tamanho. Eu expliquei: "Não, preciso de três dias." Ele reagiu de pronto, disse que jamais daria três dias da vida dele para mim ou para o Times. E eu rebati, então não dá para fazer. Estávamos nessa discussão quando chegou a mulher dele, uma argentina decidida, e botou ordem no pedaço. Não só ordenou ao Italo que ficasse à minha disposição o tempo que fosse preciso, como ordenou que eu me mudasse para a casa deles. Fotografei-o em casa, pelas ruas de Roma, fui para a casa deles em Paris, assim nasceu uma amizade que durou a vida inteira do Italo. Retrato precisa de tempo. E quem me pede para fazer um já sabe disso.

E a sua fidelidade ao preto e branco? Justamente por andar pelo mundo fotografando paraísos, muita gente lhe cobra a foto em cor.
Preto e branco é o que sei fazer. E não sou o único. Tem uma porção de fotógrafos que continuam fiéis a isso. Vou citar apenas um: o Cristiano Mascaro, que é um megafotógrafo, só produz em preto e branco. Não sei fazer o que ele faz, mas tanto ele quanto eu nos identificamos com essa abstração. No P&B aprendi a lidar com densidade, a controlar a revelação, a fazer minhas reproduções e mesmo hoje, já inteiramente adaptado à tecnologia digital, sigo no mesmo caminho. Tanto que programo a máquina digital de tal forma que, através dela, só vejo em preto e branco. O descarte da cor se dá logo no início. Passei a minha vida aperfeiçoando, não vou abandonar isso agora.

No entanto, você fez a passagem da máquina analógica para a digital com tranquilidade.
Só mudei o suporte, porque o processo continua rigorosamente o mesmo. Trabalhei quase toda a minha vida com Leica, depois, como precisava de negativos maiores, passei para Pentax. E agora fotografo com Canon. Mas, digitais ou analógicas, as máquinas são as mesmas, como as lentes também.

Por que diz que o processo não mudou?
Explico: fotografo em digital, daí tenho dois assistentes que descarregam os cartões lá em Paris e preparam para mim os contatos. Só então começo a seleção de imagens, porque não sei vê-las em computador, necessito ter os contatos e os meus, sinceramente, são lindos. Bom, edito os contatos, tenho um assistente só para fazer as cópias de leitura, e daí entram outros dois assistentes, responsáveis pelas cópias finais. Sobre essas cópias fazemos negativos, pois se por acaso perder imagens no armazenamento digital, tenho lá meus negativos muito bem guardados.

A tecnologia da imagem poderá um dia subjugar o olhar do fotógrafo?
Não creio, principalmente num trabalho como o meu, que é jornalístico e depende da iniciativa pessoal. Só faz fotografia documental quem tem aquela "vontade de ir". Isso é fundamental. O resto são as tais variáveis que devemos aprender a dominar. Muitas vezes acordo de pesadelos em minha casa, em Paris, sem saber onde estou. Isso me dá aflição. Mas quando me encontro num canto remoto do mundo, a sensação que tenho é a de saber exatamente onde estou.

E a manipulação de imagem, hoje tão mais fácil, tão mais imperceptível e tão mais incontrolável no mundo digital? Isso é um pesadelo para você?
Mais ou menos grosseiras, manipulações de imagem sempre existiram, por que vou me preocupar com isso? A verdade do fotógrafo é aquela fração de segundo. Se fizerem manipulação sobre isso, então não estaremos mais falando de fotografia. Daí nem me compete opinar.
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